Anjos tantos acolhem-me em minha rotina que, tenho a nítida impressão, não há tamanha boa ação que dê vazão a tanta dívida com a bondade do Altíssimo. Controversos por vezes, ficam ali escondidos no vão do meu bem querer, escurecidos, encobertos por uma infeliz primeira impressão, por uma implicância gratuita ou por um não afeiçoar-se de imediato mútuo.
Meu corpo de taurina baixinha e de pouco equilíbrio vive a esbarrar-se, em objetos e pessoas, em anjos desconhecidos que estendem-me mão e gentilezas. Graças a Deus. E é a Ele mesmo a Quem peço que dê-me indulgência por não dar conta de retribuir a todos meus anjos. Rezo como controversa católica que sou, pedindo-Lhe que dê ao coração de cada um desses anjos a medida em contentamento do que trazem de paz e desagravo à minha rotina pós-adolescente.
Que eles estejam abençoados pelo meu amor.

(...) Continua...